Papeando sobre: Guarda compartilhada
Oi gente! Tudo em ordem?
Hoje venho falar sobre um assunto delicado pra mim, mas que acredito que seja bastante útil pra muita gente: A guarda compartilhada.
Primeiro deixa eu explicar o que é a guarda compartilhada: Guarda compartilhada é quando os dois pais tem responsabilidade e voz iguais na criação de um filho - As decisões são tomadas pelos dois, e a criança mora na casa de cada um pelo tempo que for mais conveniente para todos: uma semana em cada casa, um mês, um ano...
Sabe, gente, separação nunca é fácil. Por mais motivos que a gente tenha pra querer o outro bem longe, uma separação é sempre o fim de um sonho - mesmo que seja o início de outro. E quando se tem filhos então fica tudo mais difícil porque além de curtir seu próprio "luto" você precisa buscar forças para dar suporte a uma criança que está vendo as pessoas que ela mais ama longe uma da outra. Pena que não é bem isso que a gente vê... O mais comum é a gente testemunhar uma verdadeira guerra: Um quer ter mais razão que o outro, o outro se dedica pra ferir o um e ninguém se entende ou racionaliza. Mas e como ficam os filhos numa situação dessas?
Como já contei pra vocês o Thiago, meu filho mais velho, é fruto de um relacionamento anterior ao meu casamento. Fiquei com o pai do Thiago por 5 anos e nos separamos quando o Thiago tinha apenas três. Apesar de ter sido um término muito conturbado e nós sermos muito jovens nós sempre fizemos de tudo para que o Thiago crescesse feliz. A guarda foi exclusivamente minha até dezembro de 2014, com fins de semanas com o pai a cada duas semanas.
O Thiago já havia falado pra mim que queria morar com o pai (quase sempre durante uma bronca ou castigo) e eu nunca levei muito a sério. Por isso imagine o baque que eu levei no dia em que foram me comunicar que eu teria que compartilhar a guarda do Thiago a partir do mês seguinte...
Eu sofri. Chorei. Me senti traída. Largada. Fiquei UMA SEMANA sem falar com o Thiago (quanta maturidade) mas nunca me opus, porque eu sabia que isso seria ótimo pra ele e sabia, como filha de um pai que sumiu no mundo há 26 anos, o quanto era precioso para o Thiago que seu pai o quisesse por perto.
Claro que de fácil isso não tem nada, né? É esquisito como uma pessoa que já foi tão próxima da gente como um ex marido se torna um estranho mais estranho que um estranho (deu pra entender? rs) E como é que você liga pra uma pessoa com esse nível zero de intimidade pra pedir dinheiro pra alguma necessidade do filho? Ou pede pra que pergunte ao filho pra que são as camisinhas que você encontrou na gaveta (ai Deus...)? É muito complicado. Mas eu me orgulho muito como conseguimos lidar com essa situação
Dá uma olhada no vídeo que fiz falando mais sobre o assunto:
Pra finalizar eu queria dizer a você, pai ou mãe que está passando por um processo de separação: Respeite seu filho. Não haja como se não lhe dissesse respeito as mudanças que estão acontecendo... pode ter certeza que ele é o maior afetado. Não brigue, discuta e nem fale mal do outro pai pra ele ou na frente dele. E se houver a hipótese de compartilhar a guarda pense nisso com carinho! Principalmente você mãe (mulher sempre se cobra demais), não se culpe achando que está sendo uma mãe ruim por "abrir mão" de ficar com seu filho todos os dias, porque é muito pelo contrário: suportar a dor de ver um filho sair de casa de mala e cuia só para faze-lo feliz é a maior prova de amor do mundo!
Se ficou alguma dúvida pode perguntar!
Beijo da Tia :*
Ah! Obrigada Diego (pai do Thiago) por autorizar que eu falasse sobre isso! Nem falei mal de você, tá vendo? Rs
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